Chico Walderedo
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| Location | Bodó, NE/RN, Brazil |
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| Introduction | ESTADO DE COISA. Não sei o que é. Não consigo apalpar. Sei que sinto fortemente Tocando-me alma e mente. Força forte que me ataca, Que me sufoca e me toca, Que me faz nó na garganta, Aperta-me o peito e me encanta. Vem quando menos espero. Chega sem nem avisar. Envolve o corpo todo. Aperta e torna apertar. Um entalo na garganta, Pressão no globo ocular, Peito bem pressionado, Aí, só resta chorar. Supus que fosse por nada. Mas estava enganado. Depois de alguma agonia Algo justificaria. Tristeza do depressivo, A alegria criança, O abraço dos contentes, Coisa que só gente sente. O pedido do mendigo, A zombaria a galhofa, O não que ele recebe, Mesmo assim ele prossegue. O desprezo, a indiferença, Quando mais se necessita. Um conforto, uma palavra Tudo isso me agita. A reclamação do pobre, Conclamos e apelações, O desespero do rico, Sem se chegar soluções. Quisera ser um levita, Médico, engenheiro e gari, Para com o meu ofício A todos poder servi Tenho um pressentimento, Que muito melhoraria, Com um remédio assim Curado eu ficaria. Natal/RN, 04/12/2005 Chico Walderêdo |