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Introduction	Carioca do Estácio – berço das escolas de samba e das malandragens cantadas por Ismael – ainda na infância mergulhei no universo do carnaval carioca ouvindo as estórias e memórias que giravam em torno de meu avô, e dos antigos desfiles da estação Primeira. Neta do “Xangô” que carregava a “Mangueira” como sobrenome, aos nove anos ingressei na Escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, para a partir daí, fazer do samba minha mais divertida brincadeira: Rodei de baianinha, cruzei a avenida de passista, e fui aprendiz de porta-bandeira. O certo é que a brincadeira virou ofício e há quase uma década defendo como primeira porta-bandeira o pavilhão verde, vermelho e branco da escola caxiense. Da boca de gente pouco conhecida – sambista sem fama ou glória – ouvi as memórias desse universo que reconstrói nossa cultura popular e ajuda no entendimento de nossa trajetória política e social. Para que isso não caia no esquecimento, para que outros possam ler e conhecer essas histórias, para que a “juventude” possa reconhecer valores esquecidos, é que faço valer do meu ofício para levantar a bandeira que aqui apresento. Sejam bem-vindos!

Introduction

Carioca do Estácio – berço das escolas de samba e das malandragens cantadas por Ismael – ainda na infância mergulhei no universo do carnaval carioca ouvindo as estórias e memórias que giravam em torno de meu avô, e dos antigos desfiles da estação Primeira. Neta do “Xangô” que carregava a “Mangueira” como sobrenome, aos nove anos ingressei na Escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, para a partir daí, fazer do samba minha mais divertida brincadeira: Rodei de baianinha, cruzei a avenida de passista, e fui aprendiz de porta-bandeira. O certo é que a brincadeira virou ofício e há quase uma década defendo como primeira porta-bandeira o pavilhão verde, vermelho e branco da escola caxiense. Da boca de gente pouco conhecida – sambista sem fama ou glória – ouvi as memórias desse universo que reconstrói nossa cultura popular e ajuda no entendimento de nossa trajetória política e social. Para que isso não caia no esquecimento, para que outros possam ler e conhecer essas histórias, para que a “juventude” possa reconhecer valores esquecidos, é que faço valer do meu ofício para levantar a bandeira que aqui apresento. Sejam bem-vindos!