Anderson Black
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| Introduction | "Seria mesquinho rejeitar as tentativas de narrativas como uma excêntrica arbitrariedade individualista. O que se desintegrou foi a identidade da experiência, a vida articulada e em si mesma contínua, que só a postura do narrador permite. Pois contar algo significa ter algo especial a dizer, e justamente isso é impedido pelo mundo administrado, pela estandartização e pela mesmice. Antes de qualquer mensagem de conteúdo ideológico já é ideológica a própria pretensão do narrador, como se o curso do mundo ainda fosse essencialmente um processo de individuação, como se o indivíduo, com suas emoções e sentimentos, ainda fosse capaz de se aproximar da fatalidade, como se em seu íntimo ainda pudesse alcançar algo por si mesmo." (Adorno) |
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| Interests | A mercadoria celebra a felicidade de consumir o que lhe consome. O comprador de mercadorias singulares é como um amante que tem sua satisfação nos beijos roubados de uma trama maior que envolve corpo e alma. Esta ideia de liberdade é tão lírica em sua brutalidade estabanada; somos tão loucos por cometer um estupro diário, ato de consumo, que aceitamos cegamente sua prerrogativa contrária: de que nos estuprem no mais fundo de nós mesmos! |